'Superman' é bobo e otimista e um bom 1º passo para os ambiciosos planos da DC no cinema; g1 já viu

  • 08/07/2025
(Foto: Reprodução)
Diretor e roteirista de 'Guardiões da Galáxia' entrega ótima adaptação de quadrinhos como base do novo universo cinematográfico do estúdio. Filme estreia nesta quinta-feira (10). "Superman" é uma ótima adaptação de quadrinhos. É bobo, um tanto previsível e até meio burrinho, mas é também colorido e otimista como as melhores histórias do herói nos gibis. O filme que estreia nesta quinta-feira (10) no Brasil é ainda um ótimo primeiro passo para o novo universo cinematográfico da DC – certamente muito melhor que o tom sombrio ditado pelo sucesso da trilogia de Christopher Nolan e abusado por Zack Snyder em suas obras. Apesar de seus muitos problemas, o "Superman" do diretor e roteirista (e novo copresidente do estúdio da editora) James Gunn ("Guardiões da Galáxia") revigora o gênero por explorar um conceito meio esquecido – no caso, um herói que de fato se preocupa em salvar pessoas. Ok, ajuda que este herói em específico seja exageradamente poderoso. Sem humanos (e esquilos e cachorros) frágeis ao redor, ele é basicamente invencível. Porém, esta versão do personagem supera uma quantidade exorbitante de diálogos expositivos – que existem apenas para explicar conceitos ao público – e situações inexplicáveis mais com otimismo do que com superforça ou visão de calor. Assista ao trailer de "Superman" David Corenswet ("Twisters") não se intimida com a missão de ser o quarto a vestir a capa e o S no peito e constrói um Superman ingênuo e sincero, ainda que seu Clark Kent (a identidade secreta do protagonista) não tenha lá muito espaço. Ao seu lado, Rachel Brosnahan ("The marvelous mrs. Maisel") confirma as expectativas com uma Lois Lane competente e carismática. Do trio principal, apenas Nicholas Hoult ("X-Men: A Fênix Negra") deixa um pouco a desejar com um Lex Luthor um tanto fora de tom. Em comparação com atuações grandiosas do passado – Gene Hackman, Kevin Spacey e até o exagerado Jesse Eisenberg –, seu careca bilionário não sabe equilibrar o lado cartunesco do vilão e confunde "frio e calculista" com "apático" em alguns momentos. Talvez seja culpa do roteiro, de longe o pior já assinado por Gunn no gênero. O cineasta acerta ao apostar no conhecimento prévio do público e não recontar a origem do herói, mas perde a mão quando precisa explicar um mundo no qual seres superpoderosos já são "comuns". Assim como os diálogos engessados – que francamente subestimam a inteligência do espectador –, toda uma trama paralela sobre nações rivais e invasões de aliados americanos parece um adendo, uma peça que nunca se encaixa totalmente com o todo. É até admirável a tentativa da mensagem sobre fronteiras e interesses internacionais com ecos inegáveis em conflitos atuais, mas a falta de sutileza e naturalidade resultam em uma alegoria enfadonha. David Corenswet em cena de 'Superman' Divulgação Uma fundação brilhante para o futuro da DC Em "Superman", o personagem do título é o ser mais poderoso em um mundo acostumado a habitantes do tipo. Apesar de admirado, o herói se torna alvo de desconfiança após impedir que um país fictício aliado dos EUA invada o vizinho. Parece complicado, mas o enredo rapidamente assume tons quadrinescos – por mais que se perca lá pelo final – e vira uma boa desculpa para cenas de ação bem feitas, elenco carismático, trilha sonora inspirada e o humor de um filme que sabe não se levar a sério. Ou seja, impossível não ver a marca de Gunn, que usou dos mesmos truques em seus outros quatro filmes do gênero (três "Guardiões" e um "Esquadrão Suicida"). Rachel Brosnahan, Skyler Gisondo e David Corenswet em cena de 'Superman' Divulgação Ao mesmo tempo, o otimismo, a luz e a cor de "Superman" o distanciam do tom da Marvel, que vem sofrendo com uma perda gradual de seu brilho (por mais que "Thunderbolts*" recupere um pouco). Tudo isso faz com que o filme e o cineasta sejam a fundação ideal para o novo universo integrado da DC nos cinemas. Mais do que oferecer um bom diagrama para personagens fantasiosos como Mulher-Maravilha ou Aquaman, é interessante imaginar como um Batman se encaixaria nesse mundo – provavelmente mais Adam West dos anos 1960 do que a angústia emo da última aventura sofrível do personagem nos cinemas. Pela primeira vez em muito tempo os fãs da editora podem ter esperança. Resta saber se o público em geral ainda tem vontade de acreditar que um homem pode voar. Nicholas Hoult e David Corenswet em cena de 'Superman' Jessica Miglio/Divulgação g1

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/g1-ja-viu/noticia/2025/07/08/superman-e-bobo-e-otimista-e-um-bom-1o-passo-para-os-ambiciosos-planos-da-dc-no-cinema-g1-ja-viu.ghtml


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