Morre Hélio Delmiro, grande violonista da MPB e um Deus da guitarra que se tornou uma referência no jazz brasileiro

  • 16/06/2025
(Foto: Reprodução)
Hélio Delmiro (1947 – 2025) morre em Brasília (DF), aos 78 anos Camila Macedo / Divulgação ♫ OBITUÁRIO ♬ A importância do guitarrista e violonista Hélio Delmiro (20 de maio de 1947 – 16 de junho de 2025) extrapola o universo da MPB. Músico que tocou com ícones dessa MPB como Elis Regina (1945 – 2022), Milton Nascimento, João Bosco, Nana Caymmi (1941 – 2025) e Djavan, entre outros nomes do mesmo quilate, Delmiro se tornou referência no segmento do jazz brasileiro pela técnica, pela sagaz habilidade nos improvisos (essência do jazz) e pelo feeling da guitarra virtuosa e exponencial. Há quem o considerasse um dos maiores guitarristas do mundo – o que não é exagero em se tratando de músico que tocou em discos de uma diva do jazz como a cantora norte-americana Sarah Vaughan (1924 – 1990), caso do álbum O som brasileiro de Sarah Vaughan, de 1977. No universo da música instrumental, a morte de Hélio Delmiro é motivo de tristeza profunda. O guitarrista morreu na tarde desta segunda-feira, 16, em Brasília (DF), onde morava, em decorrência de infecção urinária e de complicações de diabetes e problemas renais. A rigor, Delmiro já estava fora de cena desde junho de 2024 pelos problemas de saúde que o tiraram do palco e o levaram hoje à óbito. Nascido no Rio de Janeiro (RJ), Delmiro tinha 78 anos de vida e 64 de carreira, já que pôs os pés na profissão na adolescência, com 14 anos, tocando nos bailes da vida noturna como integrante do conjunto liderado pelo saxofonista Moacyr Silva (1940 – 2002). Na segunda metade dos anos 1960, o então iniciante Hélio Delmiro integrou grupos como Fórmula 7 (entre 1965 e 1967) e Conjunto 3-D (em 1967). A carreira do músico começou a decolar nos anos 1970. Em 1974, Delmiro participou da gravação do álbum Elis & Tom. Em 1975, produziu Claridade, álbum que consolidou a carreira da cantora Clara Nunes (1942 – 1983). Como músico, o artista costumava dizer que tocar no álbum Elis, essa mulher. – lançado por Elis Regina em 1979 – foi divisor de águas. “Ali aprendi a improvisar pensando”, dizia o músico, que se iniciou no cavaquinho aos cinco anos, passando na adolescência para o violão e para a guitarra. Não por acaso, a partir da década de 1980, o guitarrista começou a destacar com a própria discografia. O primeiro álbum solo, Emotiva, foi lançado em 1980. Em 1981, Delmiro assinou com o tecladista César Camargo Mariano o álbum Samambaia, título referencial da discografia instrumental brasileira. A obra fonográfica do guitarrista também inclui os álbuns Chama (1984), Romã (disco ao vivo de 1991), Violão urbano (2022) e Compassos (2004). O derradeiro álbum, Certas coisas (2025), foi lançado em 30 de maio e é assinado por Delmiro com o cantor Augusto Martins. Fora do Brasil, Delmiro fez duo com o pianista norte-americano Clare Fischer (1928 – 2012). Embora tivesse trânsito livre no circuito internacional do jazz, Hélio Delmiro sempre foi presença frequente na cena brasileira para deleite de quem sabia apreciar o toque límpido, preciso e refinado da guitarra divina desse músico, heroico operário do instrumento que o consagrou na MPB e no jazz. Hélio Delmiro (1947 – 2025) tocava violão e guitarra com maestria Reprodução / Instagram Hélio Delmiro

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2025/06/16/morre-helio-delmiro-grande-violonista-e-guitarrista-de-mpb-que-se-tornou-uma-referencia-no-jazz-brasileiro.ghtml


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